sábado, 26 de fevereiro de 2011

O neoliberalismo e seu impacto direto no setor de P&D

O setor de pesquisa e desenvolvimento brasileiro, importante para um crescimento das indústrias e para um fortalecimento da economia brasileira, encontra-se atualmente muito sucateado. As instituições que apoiam projetos de pesquisa, como CNPq e Fapesp, atualmente vem fazendo sua parte, porém isso não é suficiente. Dados apontam que o governo federal destina cerca de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ao setor de P&D. Esse valor é próximo do de grandes potências, como Japão, Alemanha, Espanha e França.
O grande problema é que as empresas instaladas no território brasileiro praticamente não dão apoio financeiro à pesquisa, fazendo com que nosso setor de pesquisas se torne muito fraco perante as outras nações. E a culpa é de quem? Do neoliberalismo!
Neoliberalismo é o nome dado a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e a mínima influência do estado na economia. Vertente do liberalismo economico, proposto por Adam Smith, o neoliberalismo é um sistema que permite uma maior interação (ou globalização) entre os sistemas econômicos de países distintos.
Essa doutrina foi adotada no Brasil por meados de 1994, durante o governo tucano do presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir desta data, centenas ou até mesmo milhares de industrias multinacionais se instalaram no território brasileiro, devido aos baixos impostos e as boas condições propostas. Além disso, o mercado brasileiro abriu suas portas para produtos de outras nações, enfraquecendo ainda mais a indústria brasileira.
Assim, é facil entender porque as empresas instaladas no nosso territorio não apoiam nossas instituições de pesquisa, vamos a um exemplo muito costumeiro: A Volkswagen, maior produtora de automóveis do mundo... se ela for investir em pesquisa, investirá no Brasil? É claro que não, investirá na Alemanha, onde se localiza sua sede. Outros exemplos são facilmente encontrados: Samsung, LG, Hyundai, Honda, IBM, etc... a lista é imensa!
Dessa forma, com a abertura do nosso mercado para multinacionais, ocorreu um grave enfraquecimento da indústria nacional, diminuindo radicalmente os investimentos em pesquisa, que são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia sólida e forte.

5 comentários:

  1. Sem dúvida!

    O neoliberalismo conduz o mundo a um beco sem saída. O mercado tem liberdade, os seres humanos não. Entre o lucro e as pessoas, o sistema em que vivemos opta pelo primeiro.
    As incessantes crises econômicas nos mostram que o neoliberalismo é impotente perante crises, precisando do auxílio do Estado...

    Triste mundo em que vivemos.

    Abraços!

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  2. Descordo a princípio. A política neoliberal brasileira foi o que possibilitou o crescimento de gigantes como Petrobras, Embraer e Vale. Só por causa dela que temos o que temos hoje.

    Mas reconheço que há falhas.
    A solução seria, ao contrario de acabarmos com nossa política econômica - suada, diga-se de passagem - e nos fechar economicamente, alterarmos a legislação em pról de pesquisas de desenvolvimento acadêmico em áreas estratégicas.

    Não se pode simplesmente acabar com o neoliberalismo. Ou queremos viver em Cuba? (http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL698091-15605,00.html)

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  3. Amigo, as empresas que você citou foram as privatizadas e em nenhum momento critiquei a privatização, e sim a abertura do nosso mercado para multinacionais e produtos de fora.
    Entrentanto, concordo em partes com seu comentário. Abraço, valeu! ;)

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  4. meu esqueçe a ideia de neoliberalismo, se é bom ou ruim, ele esta no mundo inteiro e nao vai mudar, ele nao vai deixar de existir, acredito que nao ele nao seja ruim, mais tambem nao seja ideal. Acredito que a parte de pesquisas no Brasil é baixa porque nao interessa a nehunha empresa investir no Brasil, independente de onde esta sua sede; o problema na verdade, muitas vezes se nao sempre, é político. 1,4% do pib é MUITO baixo pra um pais que deseja virar uma potencia, ocupar um lugar importante no mundo.
    Somente com uma reforma politico-educacional essa realidade vai mudar.

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