O setor de pesquisa e desenvolvimento brasileiro, importante para um crescimento das indústrias e para um fortalecimento da economia brasileira, encontra-se atualmente muito sucateado. As instituições que apoiam projetos de pesquisa, como CNPq e Fapesp, atualmente vem fazendo sua parte, porém isso não é suficiente. Dados apontam que o governo federal destina cerca de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ao setor de P&D. Esse valor é próximo do de grandes potências, como Japão, Alemanha, Espanha e França.
O grande problema é que as empresas instaladas no território brasileiro praticamente não dão apoio financeiro à pesquisa, fazendo com que nosso setor de pesquisas se torne muito fraco perante as outras nações. E a culpa é de quem? Do neoliberalismo!
Neoliberalismo é o nome dado a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e a mínima influência do estado na economia. Vertente do liberalismo economico, proposto por Adam Smith, o neoliberalismo é um sistema que permite uma maior interação (ou globalização) entre os sistemas econômicos de países distintos.
Essa doutrina foi adotada no Brasil por meados de 1994, durante o governo tucano do presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir desta data, centenas ou até mesmo milhares de industrias multinacionais se instalaram no território brasileiro, devido aos baixos impostos e as boas condições propostas. Além disso, o mercado brasileiro abriu suas portas para produtos de outras nações, enfraquecendo ainda mais a indústria brasileira.
Assim, é facil entender porque as empresas instaladas no nosso territorio não apoiam nossas instituições de pesquisa, vamos a um exemplo muito costumeiro: A Volkswagen, maior produtora de automóveis do mundo... se ela for investir em pesquisa, investirá no Brasil? É claro que não, investirá na Alemanha, onde se localiza sua sede. Outros exemplos são facilmente encontrados: Samsung, LG, Hyundai, Honda, IBM, etc... a lista é imensa!
Dessa forma, com a abertura do nosso mercado para multinacionais, ocorreu um grave enfraquecimento da indústria nacional, diminuindo radicalmente os investimentos em pesquisa, que são fundamentais para o desenvolvimento de uma economia sólida e forte.